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Marinha Grande

     A Marinha Grande é um concelho composto por três freguesias: Marinha Grande, Vieira de Leiria e Moita; e que se situa no litoral da região centro de Portugal, no distrito de Leiria, a 10 Km do Oceano Atlântico.

Localização Geográfica da Marinha Grande

        Este concelho encontra-se implantado numa planície, que oferece excelentes condições para o uso da bicicleta, já que a Marinha Grande é uma cidade plana, que se encontra rodeada pelo Pinhal de Leiria, conhecido pelo Pinhal do Rei, ideal para atividades ao ar livre como piqueniques, caminhadas ou passeios de bicicletas.

     Para além disto, a Marinha Grande encontra-se também rodeada por um grande número de fábricas, cuja indústria transformadora, assenta em três grandes setores: o vidro, os produtos metálicos/moldes e os plásticos, que possibilitou o crescimento do concelho até atingir os 38.681 habitantes existentes atualmente, visto que grande parte desta população resultou da migração de trabalhadores para a Marinha com o intuito de trabalhar nas fábricas que se foram, ao longo do tempo, estabelecendo em torno da cidade.

     

Fonte: http://www.cm-mgrande.pt/pages/303 e Plano Diretor Municipal da Marinha Grande

Tabela 1- Evolução do número de habitantes na Marinha Grande, desde do final do Séc. XIX até ao Séc.XXI, inclusive.

        Para este fenómeno, muito contribuiu a instalação da Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande, em 1747, e a instalação da Fábrica Escola Irmãos Stephens, em redor das quais foram surgindo outras fábricas e indústrias, que se encontram ligadas ao desenvolvimento do concelho, atualmente conhecido como a "cidade do vidro" ou "cidade dos moldes". De facto, a Marinha Grande foi-se sempre desenvolvendo em torno de uma indústria: inicialmente, em torno do Pinhal de Leiria e, mais tarde, em torno de todas as fábricas que foram surgindo em seu redor.  

      Apesar desta forte industrialização que a zona da Marinha Grande sofreu ao longo dos anos, atualmente, a principal área de empregabilidade é o setor terciário (comércio e serviços), que surgiu como forma de apoio às empresas industriais instaladas na região e à capacidade de compra, que daí resultou.

       Na Marinha Grande, o uso da bicicleta, apesar de ter vindo a decrescer nos últimos tempos, é algo típico, já que sempre existiram boas condições para que tal aconteça, pois a cidade é plana e os seus edifícios têm uma média de 2 pisos, o que indicia a existência de condições para guardar bicicletas em casa, algo mais difícil em cidades onde os grandes prédios predominam. Isto, aliado ao facto de o centro da cidade ser um lugar aprazível, junto ao Parque da Cerca, que possui um rio, um parque infantil e uma ciclovia, e aliado ao facto do clima ser mediterrânico (temperatura média anual de 14ºC e baixas amplitudes térmicas), faz com que, apesar do elevado índice de envelhecimento do concelho, a bicicleta seja ainda muito utilizada, não só em termos de mobilidade, mas também em termos de lazer.

        Hoje em dia, toda a cidade é um lugar aprazível, cheio de espaços verdes e com ruas arborizadas, devido ao Programa Polis da Marinha Grande, que é um programa de requalificação urbana e valorização ambiental das cidades, que possibilitou a requalificação, não só do Parque da Cerca, mas também do Parque Mártires do Colonialismo e do Parque das Bernardas, que eram zonas bastante poluídas à data do Plano Diretor Municipal (PDM), feito em 1995 e revisto recentemente (em 2011).

       Desde a realização do PDM, a rede de transportes públicos da Marinha Grande tiveram uma grande evolução na tentativa de reduzir a utilização do automóvel pela população. Para isso, começou-se por condicionar o estacionamento de veículos no centro da cidade, através da taxação e limitação da duração de estacionamento, e da criação de parques de longa duração na periferia das zonas condicionadas do centro. Depois, criaram-se os Transportes Urbanos da Marinha Grande (TUMG), que vieram complementar o serviço interurbano, disponibilizado pelos autocarros da Rodoviária do Lis.

     Para além disto, existe ainda a estação de comboios da Marinha Grande, que  é muito pouco utilizada atualmente, e os autocarros da Rede Expressos, que passam na Estação de Camionagem. Nenhum destes transportes públicos possui articulação uns com os outros.

     Curiosamente, no PDM, em 1995, não foi proposto qualquer plano de construção de ciclovias, pois apesar da bicicleta ser um dos principais meios de transporte utilizados pelos trabalhadores para irem para as fábricas, estes "compartilhavam as vias com os outros meios de locomoção motorizados", pelo que não sentiam a necessidade de ciclovias. Só mais tarde, "com o aumento da circulação automóvel e por uma razão de segurança", aliado a questões ambientais e questões relacionadas com o lazer, é que se vieram a construir as ciclovias, hoje, existentes na Marinha Grande. 

 

Fontes: www.cm-mgrande.pt; www.datacentro.ccdrc.pt; Plano Diretor Municipal da Marinha Grande        

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