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Mobilidade

     Relativamente à mobilidade, classificámos a Marinha Grande como tendo um nível Médio, já que dentro de cada uma das freguesias existem condições para o uso da bicicleta como meio de transporte, tal como foi possível observar, não só porque a cidade está situada num terreno plano, mas também porque existem muitos locais para estacionar as bicicletas, como nos supermercados e nos vários parques da cidade. Desta forma, foi possível, durante a nossa estadia na cidade, encontrar bastantes pessoas a deslocarem-se de bicicleta nas ruas.

     No entanto, entre freguesias, já não se encontra tanta gente a deslocar-se de bicicletas, nomeadamente devido ao facto das distâncias entre elas serem mais elevadas, apesar do terreno ser igualmente plano. Para além disto, nem todas as escolas possuem estacionamento para bicicletas, que façam com que seja possível os alunos usarem a bicicleta como um meio de transporte. 

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas ciclovia nery capucho (1)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (8)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (7)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (6)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (5)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (2)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (3)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (10)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (11)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (12)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (13)

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande

Pessoas pela Marinha Grande

Pessoas na rua Marinha Grande (16)

Pessoas pela Marinha Grande

Família Típica

Tabela 2- Distância percorrida diariamente por uma família na Marinha Grande

Escola Segura

     Entrevista realizada a um dos elementos do Programa Escola Segura da Marinha Grande

     Pergunta (P): Em que consiste o programa Escola Segura?

     Resposta (R): O programa Escola Segura consiste em fazer um patrulhamento mais acercado junto às escolas. Nós passamos lá e vemos se está tudo bem.  Se estiver tudo bem seguimos, para outra escola. Nos horários de entrada das escolas, estamos junto às escolas, a facultar as travessias, especialmente nas escolas do primeiro ciclo. Por exemplo, há aqui uma escola na Marinha Grande que é bastante complicada, a João Beare, do primeiro ciclo, que tem semáforos, mas os condutores esquecem-se e passam o encarnado. Fazemos patrulhamento especialmente nesta escola e até sou eu que costumo estar lá de manhã, sendo que, inclusivé sou eu que carrego no botão para o semáforo ficar verde, nas horas de almoço, na hora de saída e de entrada das escolas. Quando há problemas junto às escolas ligam-nos e nós tentamos saber junto do conselho executivo o que é que se passou, se foi furto, agressões, injúrias... Tomamos nota da ocorrência, identificamos os lesados, os suspeitos, as testemunhas e elabora-se o processo. Se tiver mais de 16 anos e tiver cometido um crime vai para tribunal, se tiver menos de 16 anos vão para a Comissão de Proteção de Jovens e Crianças em risco e pode ser sujeito a um castigo menos grave. Aqui, na Marinha Grande, como somos uma região bastante ampla, a escola segura não se cinge só às escolas. Sempre que é necessário e haja uma ocorrência pode ser necessário irmos para o local. Desta forma, somos também um apoio à própria esquadra.

     P: Neste programa, existe alguma campanha de sensibilização para o uso da bicicleta?

     R: Não existe, infelizmente, porque como esta se trata de uma cidade industrial, antigamente, toda a gente ia para o trabalho de bicicleta. Eu própria adoro andar de bicicleta, e propus ao meu comandante, aqui há uns anos, termos uma ciclo-patrulha, só que ele rejeitou a minha proposta. Mas é engraçado que algum tempo mais tarde, o presidente da câmara veio ter comigo e perguntou-me pelas bicicletas e se não era engraçado haver uma ciclo-patrulha e eu falei-lhe da proposta que tinha feito ao comandante e lamentei a sua rejeição devido ao facto da Marinha Grande ser uma cidade típica das bicicletas. Se a polícia andasse de bicicleta isso seria um incentivo para a população andar de bicicleta e, assim, dar novo uso à mesma. Neste Verão, como o comandante mudou, voltei a propor o uso da bicicleta. Ele disse-me que não ia tomar a iniciativa, mas incentivou-me a fazer uma proposta, que talvez pudesse ser aceite e, assim, pode ser que no próximo Verão já tenhamos bicicletas.

     

     P: Fazem algum tipo de aulas expositivas para a população estudantil?

     R: Fazemos ações de sensibilização desde o pré-escolar até ao secundário.

     P: Essas palestras são só sobre os fatores de risco a que essa população está sujeita ou é também para sensibilizar o uso da bicicleta?

     R: Não fazemos palestras para a sensibilizar o uso das bicicletas. A única vez que tocamos nesse assunto é nas campanhas de sensibilização sobre a prevenção rodoviária. Abordamos muito ao de leve, como a pessoa se deve comportar ao andar de bicicleta: deve usar capacete, andar em fila indiana e não a pares, andar sempre do lado direito,...

     P: A quem é que se dirigem estas campanhas de sensibilização? Aos encarregados de educação ou às crianças?

     R: Primeiro, falamos sempre com o conselho executivo das escolas para ver se eles estão dispostos a acolher as nossas ações de sensibilização. Só depois é que nos dirigimos às crianças, embora de vez em quando nos dirijamos aos encarregados de educação, nomeadamente quando abordamos o tema da prevenção rodoviária.

     P: De que forma fazem a patrulha? De carro, de bicicleta ou a pé?

     R: Antigamente, quando ainda estávamos na esquadra antiga, como era uma área menor e haviam mais efetivos, nós conseguíamos fazer sempre duas patrulhas, uma de carro e outra a pé. Agora, como a área aumentou e o pessoal reduziu, temos uma patrulha que é um carro à civil, uma viatura do trânsito e uma de patrulhamento. Se não houver pessoal suficiente, o pessoal do carro patrulha junta-se à viatura de trânsito e, portanto, fica só um carro de patrulha. E depois, temos o carro da escola segura que, caso seja preciso, vai dar apoio ao da esquadra.

     P: Como tem sido a adesão da população da Marinha Grande ao uso da bicicleta? Muita? Pouca?

     R: Relativamente ao que acontecia antigamente, a adesão é pouca, mas mesmo assim ainda se vê alguns jovens a ir para a escola de bicicleta. Se a polícia andasse de bicicleta, isso poderia incentivar as pessoas a andar de bicicleta, pois estas sentir-se-iam mais seguras. Para além disto, o uso da bicicleta inclui apenas vantagens: o agente mantinha-se em forma, gastava-se menos combustível, passava-se no trânsito com mais facilidade, poupava-se o ambiente, estacionava-se mais facilmente, passava-se mais despercebido no trânsito e tornava-se mais ágil na deslocação para os locais das ocorrências. Eu, própria, que venho de Leiria, apanho o comboio com a bicicleta e depois venho para a esquadra todos os dias de bicicleta.

     P: Antigamente usava-se mais a bicicleta que hoje em dia?

     R: Antigamente, andava-se mais de bicicleta, porque as pessoas acomodam-se e têm tendência a usar mais o carro, mas hoje em dia, ainda há pessoas que a utilizam. Mas agora, as pessoas já têm bicicletas melhores. Antes, só haviam as pasteleiras, pelo que ainda se vê algumas pessoas a andar de bicicleta.

     P: Existem muitas ocorrências que envolvam bicicletas?

     R: Sim, às vezes acontecem, nomeadamente nas passagens dos peões, em que os próprios ciclistas não preservam a sua própria segurança. Eles sabem que, cada vez que querem passar uma passadeira, têm de desmontar da bicicleta e eles não o fazem. Deste modo, são atropelados muitas vezes nas próprias passadeiras.

     P: É comum existirem mais acidentes nas estradas nacionais ou dentro da cidade?

     R: É principalmente dentro das cidades, nomeadamente à noite, as pessoas facilitam um pouco, ou seja, não levam luzes nas bicicletas, nem à frente nem atrás, pelo que é fácil de levarem um toque por trás e caírem.

Bikesharing

     No concelho da Marinha Grande, existe apenas um local onde é possível alugar bicicletas. Esse local é o hotel Miramar, que se situa na Vieira de Leiria, e que pratica os seguintes preços: 

Eurovelo

     A praia da Vieira, no concelho da Marinha Grande, faz parte do Eurovclo 1, Atlantic Coast Route, Section 13 e 14 de Portugal. A Section 13 vai desde a Foz do Arelho até à Praia da Vieira, enquanto a Section 14 vai desde a Praia da Vieira até à Figueira da Foz. 

Eurovelo 1 - Section 13

Eurovelo 1 - Section 14

Oficina da Marinha Grande

Enrevista realizada ao dono da oficina.

P: Costuma vir muita gente arranjar bicicletas?

R: Sim.

P: Que tipo de pessoas costuma vir arranjar bicicletas? Pessoas mais novas ou mais velhas? Existe alguma classe social predominante?

R: Vêm pessoas de todas as idades. Basicamente, aparece aqui todo o tipo de pessoas.

 

P: Sabe para que é que as pessoas utilizam a bicicleta nesta zona? Mobilidade? Lazer? Desporto?

 

R: A grande parte é para a mobilidade, para lazer é um pouco menos. Em relação ao desporto de competição, não aparece ninguém.

 

P: Que tipo de bicicletas encontra mais?

 

R: Hoje em dia é mais bicicletas de Btt, de montanha. De vez em quando aparece uma ou outra pasteleira, mas é raro aparecer aqui pessoas com pasteleiras.

 

P: Quais as avarias mais frequentes? A que se devem?

 

R: Tirando o respetivo furo, as avarias mais frequente são a nível de mudanças. Como a qualidade das bicicletas que existem em circulação é muito pouca, os componentes das mesmas não duram muito tempo.

 

P: Há quanto tempo trabalha na loja/oficina?

 

R: Trabalho aqui nesta oficina à 42/43 anos.

 

P: Repara nalguma diferença entre os clientes clientes que costumava ter e os seus clientes atuais? Será que tem mais trabalho? Será que as avarias são as mesmas? Encontra o mesmo tipo de bicicletas/avarias?

 

R: Hoje em dia, os clientes que aparecem aqui são mais jovens. Em relação às bicicletas houve uma grande evolução. Antigamente, a pasteleira era a mais utilizada pela população. Já as avarias são diferentes, as bicicletas também são diferentes, já não é o mesmo tipo de avaria. Há 42 anos ainda não havia sistema de mudanças, só mesmo algumas bicicletas tinham mudanças, nomeadamente as de ciclismo de estrada.

 

P: Já pertenceu a alguma equipa de ciclismo/btt, ou associação de cicloturismo?

 

R: Não.

Loja/Oficina "Angelimoto"

     O número de pessoas que costuma ir arranjar bicicletas nesta loja varia muito, de acordo com a época do ano. No verão, o número de pessoas que procuram esta loja é muito mais elevado do que no inverno, que é uma altura em que, naturalmente, as pessoas não costumam andar tanto de bicicleta devido às condições climatéricas, que não são tão propícias a esta prática. Quanto ao tipo de clientes da loja, são os jovens que predominam com as bicicletas de btt, em comparação com as bicicletas clássicas das pessoas mais idosas.

     Hoje em dia, na Marinha Grande, a bicicleta é sobretudo usada por lazer, embora também hajam pessoas que a utilizem como meio de transporte. Existem grupos organizados, que, por brincadeira, se costumam juntar ao fim de semana para ir dar umas voltas de bicicletas. 

     Antigamente, a bicicleta era muito mais um meio de transporte para as pessoas, que trabalhavam nas fábricas. Aliás, a Marinha Grande sempre foi uma terra com tradição nas bicicletas, até porque a sua própria morfologia ajuda à prática da modalidade. Este facto também se sente no movimento, que esta loja possui. Antigamente, a procura era tão grande, que até alugavam bicicletas ao ano. Atualmente, a procura diminuiu de tal forma, que deixaram de prestar o serviço de aluguer de bicicletas.

     Relativamente às avarias que mais encontra, o dono da loja refere que o que se encontra mais são pneus furados. De resto, não se costumam verificar outro tipo de avarias. 

Fonte: entrevista com o dono da loja.

Escolas

Escola Primária da Ordem

     Esta escola não possui estacionamento para bicicletas, o que significa que os alunos que queiram deslocar-se para a mesma de bicicleta não terão um local identificado e seguro onde a deixar.

Escola Básica Guilherme Stephens

     Esta escola possui estacionamento para bicicletas dentro da escola, a aproximadamente 10 metros da cabine do porteiro do estabelecimento. Devido à contínua utilização do espaço, pressupõe-se que é seguro deixar lá a bicicleta. Com o decorrer dos anos, apesar do espaço continuar a ser utilizado, esta utilização tem vindo a diminuir.

Escola Primária da Comeira

     Esta escola não possui estacionamento para bicicletas, o que significa que os alunos que queiram deslocar-se para a mesma de bicicleta não terão um local identificado e seguro onde a deixar.

Escola Pré-Primária da Amieirinha

     Esta escola não possui estacionamento para bicicletas, o que significa que os alunos que queiram deslocar-se para a mesma de bicicleta não terão um local identificado e seguro onde a deixar. A inexistência de estacionamentos pode dever-se a esta ser uma escola de crianças pequenas, pelo que a maior parte delas vai para a escola a pé ou de carro com os pais ou com os avós.

Escola Primária de Picassinos

     Esta escola não possui estacionamento para bicicletas, o que significa que os alunos que queiram deslocar-se para a mesma de bicicleta não terão um local identificado e seguro onde a deixar.

Escola Primária de Amieirinha

Esta escola não possui estacionamento para bicicletas, o que significa que os alunos que queiram deslocar-se para a mesma de bicicleta não terão um local identificado e seguro onde a deixar.

Escola Primária da Embra (João Beare)

     Esta escola não possui estacionamento para bicicletas, o que significa que os alunos que queiram deslocar-se para a mesma de bicicleta não terão um local identificado e seguro onde a deixar.

Escola Secundária Engenheiro Acácio Calazans Duarte

     Esta escola possui dois estacionamentos para bicicletas: um dentro da escola e um de cada lado da entrada da escola. Nesta entrada, está sempre presente um porteiro e os estacionamentos são muito usados pelos alunos da escola, supondo-se, assim, que é seguro deixar lá as bicicletas. 

Pavilhão Gimnodesportivo da Marinha Grande

     Este pavilhão, apesar de ser usado por vários clubes da região, é usado também pela Escola Básica Nery Capucho como pavilhão para as aulas de Educação Física. Neste pavilhão existe estacionamento para as bicicletas perto de uma das portas do mesmo e á vista da cabine do porteiro.

Escola Secundária José Loureiro Botas

     Esta escola possui um estacionamento para bicicletas, dentro da escola e à frente da entrada e da cabine do porteiro, por isso supõe-se que seja um sítio seguro para guardar as bicicletas. 

Escola Básica Nery Capucho

     Esta escola possui um estacionamento para bicicletas, dentro da escola e perto da entrada da mesma e da cabine do porteiro. Existe também um estacionamento junto ao pavilhão desportivo, que apesar de estar fora do recinto escolar, possui uma ligação com a escola. Esse estacionamento está dentro do recinto do pavilhão, à  frente de uma das entradas e à vista da cabine do porteiro, pelo que se supõe que seja um sitio seguro para guardar as bicicletas. 

Escola Primária da Moita (Marinha Grande)

     Esta escola não possui estacionamento para bicicletas, o que significa que os alunos que queiram deslocar-se para a mesma de bicicleta não terão um local identificado e seguro onde a deixar.

Estacionamentos de Bicicletas

Sinais de Estacionamento e Passagens de bicicletas

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